domingo, 7 de dezembro de 2008

Crise Financeira Especulativa Internacional

Não pretendo, neste blog, discutir sobre os impactos da suposta CFI (Crise Financeira Internacional), ora por não dominar o assunto, ora por não ter interesse sobre ele. O que almejo, com esses caracteres, é refletir sobre como as especulações influenciam, ou pelo menos influenciavam, diretamente nas decisões dos investidores.

Tomemos como exemplo a Petrobrás, símbolo de orgulho nacional, que recentemente viu suas ações despencarem mesmo com todas as especulações referentes ao pré-sal, novas jazidas, e inclusive um grupo de investidores que, supostamente, teria interesse em explorar o pré-sal. Acho que o problema, e isso é puro “achismo”, está relacionado com as sucessivas mancadas da instituição a que nos referimos. A Petrobrás se tornou previsível, a saber: a) sempre que suas ações despencam no mercado, no dia seguinte, a empresa tem uma notícia sobre alguma descoberta de petróleo, de forma que os investidores que se desfizeram de seus títulos, arrependidos, os comprem novamente; b) a instituição, por ser pública, não transmite segurança aos investidores e tão pouco transparência, os valores gastos com folha de pagamento, novas alocações, propagandas, incentivos à cultura e ao esporte, etc., são mantidos sob absoluto sigilo, o que influencia nas decisões dos investidores; c) como uma empresa que arrecada 20Bilhões/m pode precisar de recursos, de bancos públicos, a finco de manter a saúde financeira?

A maior empresa brasileira, no âmbito internacional, já não é uma instituição segura para o investimento de verbas e/ou títulos, uma vez que, recentemente, envolveu-se em várias situações suspeitas. E com a crise financeira enlouquecendo os investidores, nenhuma especulação fará com que os papéis da Petrobrás se valorizem – outro grande problema, diga-se de passagem, está relacionado com o baixo preço do barril de petróleo venezuelano, algo em torno de U$ 36,00. Houve tempos em que uma simples propaganda da instituição, em um horário nobre na TV, mudava as decisões dos investidores, no entanto, o “homem de negócios” está conservador, e quem sofrerá com isso são as instituições que intermediadas por setores especulativos, mantiveram uma boa saúde financeira.

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